2 - RESISTÊNCIAS A UMA FORMAÇÃO INSTITUCIONALIZADA
>> Sempre vemos a Formação Franciscana a partir do
ponto de vista do outro (a). Formadores (as) marcam a nossa vida para sempre,
positivamente ou negativamente. Alguns são feridos do sofrimento do passado.
Pode tornar-se uma relação de amor e ódio. Não estou de acordo com suas ideias,
mas qual é o meu conceito de formação? Não estou de acordo com sua ideia, mas
sou seu irmão (ã).
>> Uns são lógicos, outros são críticos, alguns
proféticos, muitos santos. Uns atualizam-se outros não têm abertura para
mudanças ou para escutar o diferente.
>> Somos acostumados a medir o sucesso. Na escola, isto é mais fácil; mas como medir o sucesso quando a Formação Franciscana é um
processo para toda a vida? Não precisamos medir sucesso, temos é que ser fiéis.
>> Medo de perder a segurança do velho sistema e
organização (perder o controle, o poder, o status). Não querer mudar o modo de
pensar. Não querer envolver-se como pessoa para não mostrar a própria
vulnerabilidade.
>> “Isto eu já sei!”; “Isto eu já conheço!”. Viver
num plano superior; já sabe de tudo, vive no andar de cima sem querer conhecer
o andar de baixo; sabe muito, mas não consegue entender o que é a Pobreza.
>> A nossa Formação Franciscana corre o risco de
ser muito espiritual, muito abstrata. Em São Francisco não era assim, o humano
e o mundo emergem com naturalidade. Ele tinha um modo interdisciplinar, isto é,
uma visão mais holística da vida; uma FF que leve a um modo amplo de viver. Se
o Franciscanismo é a religião da Encarnação (cfr. CBCMF), a Encarnação é holística.
>> Não ter medo da riqueza do grupo, do peso da
responsabilidade, da Formação Franciscana imposta, mas ter a coragem de
questionar quando a FF é apenas intelectual e cerebral e não vem do coração.
Não pode ser teórica informativa, tem que ser experiencial formativa.
* O método tem que envolver toda a pessoa.
* Há muito improviso.
* Falta desejo e sonho.
* Distanciamento entre programa e vida.
* Não se abraça como um dever para toda a vida.
* Interroga-se mais os métodos do que os conteúdos.
* A FF não pode ser apenas o que está na cabeça do
Formador (a).
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